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Seleções Imortais – Croácia 1996-1998

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Em pé: Boban, Ladic, Bilic, Stimac, Soldo e Stanic. Agachados: Jarni, Vlaovic, Suker, Simic e Asanovic.

 

Grande feito: Terceira colocada na Copa do Mundo de 1998.

Time base: Ladic; Simic, Stimac e Bilic; Stanic (Prosinecki), Soldo (Jurcic), Asanovic, Boban e Jarni; Vlaovic (Boksic) e Suker. Técnico: Miroslav Blazevic.

“Se não fosse o Thuram…”

Por Guilherme Diniz

“… A Croácia teria vencido a França por 1 a 0 na semifinal e garantido lugar na final, na qual venceria o convulsionado Brasil por pelo menos 2 a 0, gols de Suker, conquistando uma histórica Copa do Mundo da FIFA em 1998”. Essa hipotética frase parece um exagero ou mesmo um devaneio. Mas não é. Se não fosse o lateral francês Thuram, autor dos dois gols que classificaram a França para a final da Copa de 1998 (e exatamente os únicos gols da carreira dele com a camisa francesa), a Croácia, derrotada naquela semifinal, teria, sim, conquistado aquele torneio. Basta ver a condição do Brasil na final para não duvidar dessa proeza. E de como estava iluminado o atacante Davor Suker, artilheiro do Mundial com seis gols. O planeta bola viu naquele ano a consagração de uma das mais talentosas e fortes seleções europeias da história, que teve na regularidade e nos bons nomes de seu elenco a chave para o sucesso. Beneficiados por craques como Jarni, Boban, Prosinecki e, sobretudo, Suker, os croatas comandados por Miroslav Blazevic despacharam equipes como Romênia e Alemanha até a semifinal da Copa. Nela, a falta de sorte pesou e o time foi derrotado. Mas, na disputa pelo terceiro lugar, o brilho voltou e a seleção venceu a poderosa Holanda, ficando com um histórico bronze. É hora de relembrar as façanhas da sensação mundial de 1998.

 

Louros da independência

Davor Suker: talento que ficou na Croácia.
Davor Suker: talento que ficou na Croácia.

 

Em 1991, a Croácia conquistou sua independência da Iugoslávia e se tornou uma nação sólida, capaz de formar sua própria seleção e disputar os torneios que bem entendesse. Para a imensa sorte croata, a fragmentação da Iugoslávia deixou de bandeja grandes craques do futebol para o lado quadriculado, tais como Boksic, Asanovic, Prosinecki, Jarni, Suker, Stimac e Boban, sendo estes cinco últimos as estrelas que deram à Iugoslávia o Campeonato Mundial de Juniores da FIFA em 1987. Depois de vários testes e amistosos, a equipe começou no ano de 1994 a escrever sua história de grandes proezas nas eliminatórias para a Eurocopa de 1996. No Grupo 4, ao lado de Itália, Lituânia, Ucrânia, Eslovênia e Estônia, a equipe teve sete vitórias, dois empates e apenas uma derrota, ficando à frente da Azzurra, inclusive. Os croatas mostraram seu cartão de visitas logo no começo das eliminatórias quando derrotaram Estônia (fora), Lituânia (casa) e Itália em plena cidade de Palermo por 2 a 1, com dois gols de Suker. O artilheiro croata foi o grande destaque do time ao marcar 12 gols em 10 jogos, um recorde. As expectativas em torno do desempenho da seleção na Euro eram as melhores possíveis. E o time provou isso em campo.

 

Debute

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Na Euro de 1996, disputada na Inglaterra, a Croácia estreou contra a Turquia, no grupo D. Vlaovic, aos 41´do segundo tempo, deu a vitória para os croatas por 1 a 0. Na partida seguinte, o adversário foi a forte Dinamarca de Schmeichel, Nielsen e os irmãos Laudrup. Mas foi a Croácia quem deu show ao aplicar 3 a 0, com dois gols de Suker (um deles um golaço por cobertura) e outro de Boban. A vitória classificou os croatas para as quartas de final por antecipação – restava apenas saber se em primeiro ou em segundo no grupo. Foi aí, no entanto, que o técnico Blazevic começou a perder a chance de título. Na última partida, contra Portugal de Figo, Fernando Couto e Rui Costa, o croata deixou Suker, Asanovic e Boban no banco, a fim de poupar os craques para a segunda fase. Só que Portugal se aproveitou disso e abriu 2 a 0 no primeiro tempo. No intervalo, o trio entrou em campo, mas nada pôde fazer para reverter o placar, que ficou mais elástico aos 38´com um gol de Domingos: 3 a 0 para Portugal.

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O resultado deixou a Croácia na segunda posição e fez os quadriculados terem que enfrentar logo de cara a fortíssima Alemanha de Sammer, Reuter, Ziege, Möller, Scholl e Klinsmann. Resultado: 2 a 1 para os alemães, que mais tarde seriam campeões europeus pela terceira vez na história. O revés deixou na Croácia uma sensação de que eles poderiam ter ido mais longe não fosse o duelo contra a Alemanha logo nas quartas de final. Restava ao elenco se preparar como nunca para levar a Croácia a sua primeira Copa do Mundo, em 1998, na França.

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Na Copa

Boban e Suker: dupla de ouro do futebol croata nos anos 90.
Boban e Suker: dupla de ouro do futebol croata nos anos 90.

 

A base da Euro de 1996 foi mantida e a Croácia caminhou forte rumo ao mundial. Foram quatro vitórias, três empates e apenas uma derrota nos oito jogos das eliminatórias. No play-off, uma vitória por 2 a 0 sobre a Ucrânia, seguido de um empate em 1 a 1, classificou a equipe de Suker para sua primeira Copa da história. Pouco antes do mundial, o selecionado sofreu uma dura baixa com a contusão do brilhante atacante Boksic, que deu lugar a Goran Vlaovic. Mesmo sem o companheiro ideal de Suker no ataque, a Croácia era uma força para o Mundial da França. Fora da Europa pouco se sabia a respeito do time, mas quem conhecia futebol tinha certeza que os europeus poderiam, sim, cumprir um bom papel na Copa graças ao forte sistema de jogo armado pelo técnico Blazevic, um 3-5-2 que mantinha as principais ações no meio de campo, com o talento de Prosinecki e Boban, além de Stanic e Jarni, que municiavam o matador Suker com passes açucarados. Era hora de fazer história.

 

Classificados

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No Grupo H da Copa, ao lado de Argentina, Jamaica e Japão, a Croácia estreou sem sustos com uma vitória por 3 a 1 sobre os jamaicanos, gols de Stanic, Prosinecki e Suker. Na partida seguinte, vitória por 1 a 0 sobre o Japão, gol de Suker, e classificação assegurada. No último jogo da primeira fase, derrota magra por 1 a 0 para a Argentina. Muitos acreditavam que a passagem para as oitavas já estava de bom tamanho para a equipe croata. Mas aquilo era só o começo…

A Croácia em campo: Prosinecki merecia uma vaga no time, mas o teimoso Blazevic insistia em manter o craque no banco.
A Croácia em campo: Prosinecki merecia uma vaga no time, mas o teimoso Blazevic insistia em manter o craque no banco.

 

 

História em xadrez

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Nas oitavas de final, a Croácia fez um jogo totalmente imprevisível e sem favoritos contra a Romênia de Hagi, Ilie, Gabriel Popescu e Munteanu. Em um duelo tão equilibrado, a Croácia conseguiu a vitória nos acréscimos do primeiro tempo graças a um gol de pênalti marcado pelo artilheiro Suker. A equipe estava classificada para as quartas de final e nela o time enfrentaria a Alemanha, algoz da Eurocopa de 1996. Óbvio que ninguém apostava numa vitória croata, ainda mais pelo sempre forte retrospecto alemão em Copas do Mundo.

Mas o estádio de Gerland, em Lyon, viu naquele 4 de Julho de 1998 uma das maiores zebras dos mundiais. Beneficiados pela expulsão do zagueiro alemão Wörns aos 40´do primeiro tempo, os croatas abriram o placar com Jarni aos 48´, num chutaço de fora da área. Na segunda etapa, Vlaovic fez o segundo aos 35´, outro golaço de longe. Aos 40´, Suker recebeu e fez fila na zaga alemã, decretando uma das piores derrotas da Alemanha em Copas do Mundo: 3 a 0. Era o fim daquela geração envelhecida comandada por Matthäus, Hässler, Kohler, Köpke e Klinsmann. A hora era de Suker e companhia, que estavam entre as quatro melhores seleções do planeta. Quem poderia imaginar um desempenho tão incrível e histórico quanto aquele?

 

O dia de Thuram

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Na semifinal, a Croácia teve a dura missão de encarar os donos da casa (França) no Stade de France, em Saint-Denis, para tentar uma vaga na grande final. Os franceses faziam até então uma Copa regular, com sufoco nas oitavas (passaram graças ao gol de ouro de Blanc sobre o Paraguai) e nas quartas (vitória nos pênaltis contra a Itália). A equipe de Zidane, Deschamps, Petit e companhia teria um imenso desafio que era a Croácia, embalada e com o artilheiro do mundial, Suker, em ótima fase. A única coisa que poderia facilitar um pouco as coisas era a ausência de Prosinecki, mantido no banco pelo teimoso técnico Blazevic, que não escondia de ninguém a antipatia com o craque. Ainda sim a Croácia vinha forte com a mesma equipe que batera sem dó na Alemanha quatro dias antes.

O jogo foi tenso e muito pegado, e ficou ainda mais dramático no segundo tempo, quando logo no início o defensor Thuram falhou e Suker, sempre ele, abriu o placar. Mas foi naquele erro que a França (e o mundo) presenciaria a volta por cima histórica do lateral. Um minuto depois, o mesmo Thuram empatou a partida. Aos 30 minutos do segundo tempo, ele virou o jogo. Na comemoração, a imagem do francês pensando em tudo o que havia feito ficou marcada para sempre na história dos mundiais: França 2×1 Croácia. Os Bleus ainda tiveram o zagueiro Blanc expulso de campo e se seguraram como puderam, marcando Suker e as investidas dos laterais croatas. Prosinecki ainda entrou no finalzinho, mas já era tarde.

Thuram (à esq.) fica pensando, mas a ficha não havia caído ainda...
Thuram (à esq.) fica pensando, mas a ficha não havia caído ainda…

 

A Croácia estava eliminada e teria que se contentar com o terceiro lugar. Muitos aplaudiram os quadriculados pelo desempenho e dedicação naquele dia, mas a França estava mesmo iluminada. Dias depois, os franceses goleariam o Brasil por 3 a 0 e seriam campeões mundiais. Mas antes, a Croácia tinha seu último jogo naquela já histórica Copa.

 

“Geração de bronze”

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No dia 11 de julho, no estádio Parc des Princes, em Paris, a Croácia enfrentou a Holanda pela disputa do terceiro lugar. Era questão de honra para o time de Suker vencer a partida e coroar uma campanha memorável. No primeiro tempo, aos 13´, Prosinecki, agora titular, abriu o placar. Zenden, aos 21´, empatou. Aos 35´, Suker manteve a “sina dos seis gols” e se tornou o artilheiro da Copa com o mesmo número de tentos que os artilheiros das outras cinco edições do mundial. Era o fim da festa: a Croácia, em sua primeira Copa do Mundo, conquistava o terceiro lugar. Os croatas vibraram muito e tinham o alívio de dever cumprido. Era o ápice da geração de ouro (bronze) do time.

 

O legado

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Depois da Copa, a Croácia alcançou um incrível terceiro lugar no ranking da FIFA em 1999 e marcou presença nas Copas de 2002 e 2006, mas sem o brilho das edições passadas. Só 20 anos depois, em 2018, que a equipe conseguiu superar a campanha de 1998 com um incrível vice-campeonato mundial (leia mais clicando aqui).

No entanto, a herança deixada pela geração de ouro de 1998 foi enorme. Muitos outros craques surgiram, o futebol do país passou a ser mais valorizado e a seleção nunca mais foi esnobada ou menosprezada em torneios internacionais, se transformando numa força ascendente do futebol europeu. Ainda nas lembranças da Copa de 1998, os croatas gostariam de poder voltar ao tempo e ver qual seria o filme daquele mundial se Thuram não virasse o jogo para a França na semifinal. Será que os quadriculados derrotariam o Brasil? Não é de se duvidar, afinal, aquela seleção, mesmo sem um título, ficou marcada para sempre na história dos mundiais.

 

Os personagens:

Ladic: fez carreira no Dinamo Zagreb e foi o grande goleiro da Croácia naqueles anos dourados. Antes do mundial, foi contestado por falhas grotescas que cometeu nas eliminatórias contra a Dinamarca e a Bósnia-Herzegovina, mas deu a volta por cima na Copa e cumpriu seu papel com grandes defesas e muita segurança.

Simic: foi um dos grandes defensores croatas dos anos 90, capaz de jogar em todas as posições da retaguarda de suas equipes. Integrou todas as seleções de base da Croácia até chegar a equipe principal, pela qual disputou exatas 100 partidas, se tornando o recordista em participações com a camisa xadrez. Foi revelado pelo Croatia Zagreb e marcou época no futebol italiano, defendendo Internazionale e Milan.

Stimac: defensor alto (1,88m) e muito seguro, compôs uma grande defesa na seleção croata entre 1996 e 1998. Disputou mais de 50 partidas pela equipe e fez carreira no Derby County-ING.

Bilic: outro ótimo zagueiro que marcou época naqueles anos 90 com a camisa da Croácia. Também se impunha pela presença física (1,89m) e pela qualidade nos passes e desarmes. Depois de pendurar as chuteiras, foi o técnico da seleção entre 2006 e 2012, além de ser guitarrista de uma banda de rock.

Stanic: podia jogar como meia ofensivo pela direita, ala e até como atacante. Jogou por várias equipes europeias nos anos 90 e compôs o time da Croácia que fez história na Copa de 1998. Foi dele o primeiro gol croata na história das Copas, na vitória por 3 a 1 sobre a Jamaica, além de ter dado um passe para Jarni abrir o placar da goleada por 3 a 0 sobre a Alemanha nas quartas. Encerrou a carreira aos 32 anos por conta de seguidas lesões no joelho.

Prosinecki: craque do meio de campo do Estrela Vermelha campeão europeu em 1991, Prosinecki é o único jogador até hoje a marcar gols por duas seleções diferentes em Copas do Mundo: em 1990, pela Iugoslávia, e em 1998, pela Croácia. Tinha um talento formidável com a bola nos pés, driblava bem, controlava o jogo como poucos e dava passes precisos. O jogador, já experiente no mundial da França, só não foi titular absoluto por não se bicar com o técnico Blazevic. Prosinecki fez muita falta naquela semifinal contra a França…

Soldo: era o protetor do meio de campo croata naquela Copa de 1998. Marcava muito bem e distribuía o jogo para os companheiros mais talentosos brilharem lá na frente. Fez carreira no Stuttgart-ALE, onde jogou por 10 anos.

Jurcic: era um dos coringas do time, podendo jogar no meio de campo ou na defesa. Outro jogador croata que se impunha mais pela presença física do que pela técnica.

Asanovic: era um dos virtuoses do meio de campo da Croácia com arrancadas fulminantes e dribles precisos. Disputou mais de 50 partidas pela Croácia e foi titular absoluto da equipe, sendo referência em passes e jogadas de ataque.

Boban: foi o capitão croata na Copa e um dos mais talentosos meias da história do país. Fazia partidas maravilhosas com o mais puro talento e visão de jogo. É o oitavo maior artilheiro da seleção com 12 gols marcados. Foi tido como herói em seu país quando, no começo dos anos 90, defendeu torcedores do Dinamo Zagreb da polícia com direito a uma voadora em um policial. Boban apanhou e foi preso, mas jamais foi esquecido pelos torcedores. Teve destaque, também, no Milan, clube pelo qual venceu quatro Campeonatos Italianos e uma Liga dos Campeões da UEFA.

Jarni: outro grande craque daquele time croata, Robert Jarni foi um dos jogadores campeões pela Iugoslávia no Mundial de 1987, ao lado de Suker, Prosinecki, Boban e Stimac. Tinha muita habilidade e era a principal arma croata pelo lado esquerdo, tanto no ataque (com cruzamentos e passes) quanto na defesa. Na Copa, marcou seu primeiro e único gol pela seleção na goleada de 3 a 0 sobre a Alemanha, num chutaço sem chances para o goleiro Köpke. Jarni é um dos 10 jogadores que mais vezes vestiu a camisa da seleção croata: 81 partidas.

Vlaovic: atacante muito oportunista, Goran Vlaovic ganhou a titularidade na Copa de 1998 graças a contusão de Boksic, o titular absoluto. Vlaovic não decepcionou e foi bem no mundial da França, fazendo uma boa dupla de ataque com Suker. O grande momento do atacante, porém, já havia passado, quando entre 1991 e 1994 foi o grande goleador do Campeonato Croata pelo Dinamo Zagreb. Vlaovic é o 5º na lista dos maiores artilheiros da seleção com 15 gols marcados em 52 partidas.

Boksic: foi um dos maiores artilheiros croatas de todos os tempos e viveu seu auge no começo dos anos 90 jogando pelo Olympique de Marselha e pela Lazio. Seria uma das estrelas da Copa de 1998 não fosse uma contusão que o tirou em cima da hora do mundial. Uma pena, pois o craque teria feito uma parceria memorável com Suker.

Suker: maior jogador croata de todos os tempos. Maior artilheiro da seleção da Croácia em todos os tempos (45 gols em 69 jogos). Herói nacional e maior sensação da Copa do Mundo de 1998. Artilheiro nato e um símbolo dos anos 90. Frases e adjetivos não faltam para descrever o que foi Davor Suker para a Croácia (e para o futebol) na década de ouro do futebol do país. Com ele em campo, a seleção pintou a Copa de xadrez e por pouco, mas muito pouco, não foi campeã do mundo. Habilidoso, nascido para marcar gols e com uma perna esquerda irresistível, Suker marcou seis gols no mundial, outros tantos nas eliminatórias e na Eurocopa e se consagrou para sempre como um craque eterno do esporte. Seu talento já era conhecido desde os tempos de Iugoslávia, quando integrou aquela seleção campeã mundial de juniores em 1987 e fez algumas partidas pelo time principal. Brilhou também no Dinamo Zagreb-CRO e no Sevilla-ESP até despertar o interesse do Real Madrid-ESP em 1996. No clube merengue, Suker conquistou títulos, mas não teve o espaço que merecia. Ainda jogou pelo Arsenal-ING, West Ham-ING e 1860 Munich até se despedir do futebol em 2003 como uma lenda do esporte.

Miroslav Blazevic (Técnico): entre 1994 e 2000, “Ciro” Blazevic foi o mentor da maior seleção croata de todos os tempos. O treinador conseguiu reunir o que de melhor o país tinha, principalmente com a herança dourada deixada pela Iugoslávia, e formou um esquadrão consistente na defesa, criativo e exuberante no meio de campo e letal no ataque com Suker, Boksic e Vlaovic. Mas nem tudo foi perfeito na trajetória de Blazevic à frente da seleção. O treinador errou ao poupar seus craques no último jogo da fase de grupos da Eurocopa de 1996 e perder o primeiro lugar, o que resultou em uma partida difícil contra a Alemanha logo nas quartas de final (e que foi perdida). Na Copa, teimou em não escalar Prosinecki como titular em todos os jogos e viu o time perder um jogo que poderia ser vencido contra a França em plena semifinal. Mesmo com esses “crimes”, Blazevic marcou época por conseguir as maiores façanhas do futebol croata, entrando definitivamente na história do futebol do país.

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Comentários encerrados

7 Comentários

  1. Já espero ansiosamente pela inclusão da Croácia de 2018 nesse hall. Campanha histórica com bons jogadores, um deles eleito o melhor da copa e fazendo uma excelente partida na final.

  2. Que seleção! Que elenco! Que campanha!

    Nossa! Inesquecível Croácia de 98. A partir dali passei a ser torcedor da Croácia.

    Depois daquela copa, a Croácia colocou em campo nas copas seguintes times bons que poderiam ter passado da primeira fase, mas sempre “batia na trave” na última rodada.

    Gostei de ver a seleção croata na Eurocopa de 2016. Jogaram muito!

    Minha expectativa agora é ver o time base da Euro 2016 “mandar ver” na copa da Rússia em 2018!

  3. ja pensou na copa de 1998 esse jogadores tivessen jogado pela antiga iugoslavia:boban,savicevic,mijatovic,suker,jarni stojkovic,prosinecki,vlaovic,stanic,mihajlovic,stankovic,jugovic,boksic,drulovic,stankovic,zahovic,milosevic.assim terian ganhado em 98 sobrando

Craque Imortal – Cantona

Centenário – Monumento do Futebol Mundial