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Esquadrão Imortal – Sevilla 2005-2007

Em pé: Palop, Maresca, Javi Navarro, Luís Fabiano, Escudé e Martí. Agachados: Daniel Alves, Jesús Navas, Saviola, Adriano e David Castedo.

 

Grandes feitos: Bicampeão da Copa da UEFA (2005-2006 e 2006-2007), Campeão da Supercopa da UEFA (2006), Campeão da Copa do Rei (2006-2007) e Campeão da Supercopa da Espanha (2007).

Time base: Palop; Daniel Alves, Javi Navarro, Escudé (Dragutinovic) e David Castedo; Martí, Maresca, Adriano (Puerta) e Jesús Navas (Renato); Luís Fabiano e Kanouté (Saviola). Técnico: Juande Ramos.

 

“Nem só de Real e Barça vive a Espanha…”

Por Guilherme Diniz

Imagine que seu time conseguiu, enfim, voltar à primeira divisão do futebol de seu país e que poucos anos depois ele se torne um verdadeiro papão de títulos, tanto nacionais quanto internacionais? E imagine que esse time volte a comemorar uma conquista depois de 58 anos justamente no ano de seu centenário? Pois é. O torcedor do Sevilla viveu essa experiência e vibrou como nunca de 2005 até 2007 na Espanha. Com um plantel de respeito, jovem, talentoso e extremamente competitivo, os comandados de Juande Ramos fizeram história ao conquistarem por duas vezes seguidas a Copa da UEFA em campanhas memoráveis, além dos títulos da Copa do Rei, da Supercopa da UEFA (sobre o poderoso Barcelona) e da Supercopa da Espanha (em cima do Real Madrid). A consagração do Sevilla no período mostrou que nem só de Real Madrid e Barcelona vive o futebol espanhol, uma prova de que com planejamento, boas contratações e motivação é possível, sim, formar um time vencedor. É hora de relembrar a ascensão meteórica de um dos grandes times da Europa nos anos 2000.

 

Voltando à elite

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O Sevilla começou a escrever seu renascimento na temporada 2000-2001, quando voltou à elite do futebol espanhol. Em 2002, Jose Maria del Nildo assumiu a presidência do clube para começar uma nova era no time. Depois de temporadas regulares no futebol espanhol, o time começou a formar um plantel que era desconhecido, mas que faria um sucesso tremendo no país e no continente. Chegaram o lateral-direito Daniel Alves, o goleiro Palop, o meia/lateral Adriano, os atacantes Luís Fabiano e Kanouté e o italiano Enzo Maresca. Ambos se juntaram às crias da base do clube Puerta e Jesús Navas, além dos remanescentes das outras temporadas Javi Navarro e José Luis Martí. Pronto. O Sevilla estava pronto para fazer bonito no ano de seu centenário, em 2006.

 

Começando a temporada de ouro

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Em 2005 o Sevilla anunciou a contratação da peça que faltava para que o time começasse a dar show: o técnico Juande Ramos. O espanhol ainda não tinha conquistas notáveis, mas era uma boa aposta da diretoria pelos seus trabalhos no Rayo Vallecano e no Bétis. O Sevilla conseguiu na temporada 2004-2005 a 6ª colocação na Liga espanhola, o que garantiu um lugar na Copa da UEFA. Era ela o objetivo principal de Juande Ramos e seu plantel, para dar ao torcedor o gostinho de gritar “é campeão” no ano do centenário do clube.

 

Rumo à final

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Jesús Navas, um dos grandes articuladores daquele time.

 

O Sevilla começou sua saga na Copa da UEFA 2005-2006 contra o Mainz 05, da Alemanha. No primeiro jogo, em Sevilha, o empate em 0 a 0 assustou os torcedores. Será que o time conseguiria vencer os alemães na Alemanha? Ora, mas é claro! Ainda mais quando se tem um atacante matador como Kanouté, que marcou os gols da vitória dos espanhóis por 2 a 0. O resultado garantiu a equipe na fase de grupos. Nela, o time estreou com goleada para cima do Besiktas, da Turquia, por 3 a 0, com gols de Saviola e Kanouté (2). No jogo seguinte, derrota para o Zenit (RUS), fora de casa, por 2 a 1. Em seguida, o time venceu o Vitória Guimarães (POR) por 3 a 1, em casa, com gols de Saviola (2) e Adriano. No último e decisivo jogo, empate em 1 a 1 contra o Bolton, na Inglaterra, que garantiu a primeira colocação do grupo e a vaga na fase seguinte da competição.

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No mata-mata, o Sevilla mostrou força dentro e fora de casa para seguir fazendo bonito na competição. O time espanhol despachou o Lokomotiv Moscow (RUS) ao vencer fora de casa por 1 a 0 (gol de Jordi López) e por 2 a 0 em casa (gols de Maresca e Puerta). Nas oitavas de final, duelo complicado contra o Lille, da França. No primeiro jogo, vitória dos franceses por 1 a 0. O Sevilla tinha que reverter a vantagem em casa… E conseguiu! A dupla Kanouté e Luís Fabiano mostrou poder de decisão e garantiu a vitória do time espanhol por 2 a 0. Nas quartas de final, um massacre no primeiro jogo contra o Zenit (RUS), algoz da fase de grupos: 4 a 1, gols de Saviola (2), Martí e Adriano. Na volta, na Rússia, empate em 1 a 1 que colocou o Sevilla nas semifinais.

 

Puerta mito

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O Sevilla estava muito perto da final da segunda maior competição do continente, e precisava de um bom resultado no primeiro jogo das semifinais, contra o perigoso Schalke 04, da Alemanha. O time espanhol armou uma retranca eficiente e não deixou os alemães jogarem. Resultado: 0 a 0. Todos achavam que a volta seria mais tranquila, mas não foi. O gol teimava em não sair e depois de 90 minutos a partida foi para a prorrogação. Depois de muito martelar, eis que o Sevilla marcou seu gol com o salvador Puerta, que garantiu o 1 a 0 e a vaga na sonhada final. O time estava a um passo de fazer história.

 

Centenário inesquecível!

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A cidade de Eindhoven, na Holanda, recebeu o duelo entre Sevilla e Middlesbrough (ING) na final da Copa da UEFA de 2005-2006. O Sevilla tinha a chance de comemorar um título depois de 58 anos de jejum justamente no ano de seu centenário. Já o time inglês poderia comemorar o primeiro título internacional de sua história. O Sevilla contava com o esquadrão eficiente e decisivo que já chamava a atenção de todos na Europa com Palop, Daniel Alves, Navarro, Jesús Navas, Maresca, Adriano, Saviola e Luís Fabiano. Os ingleses apostavam no holandês Jimmy Floyd Hasselbaink e em nomes como o experiente goleiro Schwarzer, o zagueiro Southgate, o volante brasileiro Fábio Rochemback e o atacante Viduka. Mas o que era para ser uma partida equilibrada virou um passeio. Luís Fabiano abriu o placar, de cabeça, aos 26´do primeiro tempo após cruzamento de Daniel Alves. Em seguida, Maresca marcou dois gols, aos 32´e aos 36´do primeiro tempo, selando, praticamente, a vitória. No segundo tempo, Kanouté ainda fechou o caixão do Middlesbrough ao marcar o seu aos 44´, garantindo a vitória épica por 4 a 0 e a sonhada conquista europeia.

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Luís Fabiano corre pro abraço: Sevilla perto do caneco!

 

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O torcedor parecia não acreditar: no centenário do Sevilla, o time vencia a Copa da UEFA, o primeiro título depois de 58 longos e torturantes anos de jejum. A festa foi tremenda em Sevilha e os jogadores comemoraram muito. Mas o show estava apenas começando.

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O Sevilla de 2006: o time era leve, rápido e abusava dos dribles. Só podia render títulos mesmo.
O Sevilla de 2006: o time era leve, rápido e abusava dos dribles. Só podia render títulos mesmo.

 

Barcelona? Não conheço…

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Depois da conquista da Copa, o Sevilla teve mais uma decisão pela frente: a Supercopa da UEFA, contra o temido campeão da Liga dos Campeões da UEFA, o Barcelona de Deco, Ronaldinho, Eto´o, Messi e Cia. Todos, claro, apostavam no time catalão, mas o público do estádio Louis II viu outro show do Sevilla. Renato, aos 7´, Kanouté, aos 45´, e Maresca, aos 89´, marcaram os gols da goleada por 3 a 0 sobre o Barça. O Sevilla conquistava, num intervalo de apenas 4 meses, seu segundo título europeu, e em cima de um rival local. Era bom demais para ser verdade! Mas era! Aquele Sevilla já era histórico, mas queria muito mais.

 

Base mantida

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Ao contrário de muitos times, o Sevilla manteve a base vencedora da temporada anterior para continuar vencendo títulos. A equipe queria abocanhar ao menos uma taça em território nacional e acabar com a hegemonia da dupla Real e Barça. E o alvo foi a Copa do Rei.

 

Rumo ao trono

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O Sevilla despachou o Gimnástica Segoviana na primeira etapa do mata-mata da Copa do Rei de 2006-2007 ao vencer os dois jogos, por 1 a 0 e 3 a 0. Em seguida, empate em 0 a 0 e vitória por 3 a 1 sobre o Rayo Vallecano. Nas quartas de final, o time eliminou o Bétis ao empatar o primeiro jogo em 0 a 0 e vencer o segundo por 1 a 0.

Nas semifinais, duas vitórias incontestáveis sobre o Deportivo La Coruña: 3 a 0, fora de casa, com gols de Kanouté, Navas e Luís Fabiano, e 2 a 0 em casa, com gols de Duda e Chevantón. O time estava na final.

 

Reis!

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A decisão, no Santiago Bernabéu, em Madrid, foi contra o surpreendente Getafe, que havia eliminado o Barcelona, nas semifinais, com um histórico 4 a 0. Mas o Sevilla não deixou o time azul aprontar de novo e venceu por 1 a 0, gol de Kanouté. Era mais um caneco para o esquadrão do técnico Juande Ramos.

 

Fome de Copas

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Além da Copa do Rei, o Sevilla abocanhou mais uma Copa da UEFA em 2007. O time começou a caminhada rumo ao bi contra o fraco Atromitos, da Grécia. Os atuais campeões venceram as duas partidas, por 2 a 1 e 4 a 0, e foram de maneira tranquila para a fase de grupos.

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No Grupo C, o Sevilla fez o básico para se classificar em segundo lugar, ao empatar sem gols com o Slovan Liberec (RCH), vencer o Braga (POR) por 2 a 0, com gols de Luís Fabiano e Chevantón, sapecar o Grasshopper (SUI) por 4 a 0 (dois gols de Daniel Alves, um de Chevantón e um de Kepa) e perder em casa para o AZ (HOL) por 2 a 1.

 

Matar ou morrer

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Na fase de mata-mata, o Sevilla encarou o tradicional Steaua Bucaresti (ROM) e se impôs ao vencer por 2 a 0 em pleno Steaua Stadium, com gols de Poulsen e Kanouté. Na volta, vitória magra por 1 a 0, gol de Kerzhakov, e classificação para as oitavas de final. Nela, duelo muito equilibrado contra o forte Shakhtar Donetsk (UCR). No primeiro jogo, em Sevilha, empate em 2 a 2 que levou a decisão para a volta, na Ucrânia. Lá, o imponderável aconteceu. O Sevilla perdia o jogo por 2 a 1 até os 49´do segundo tempo quando Daniel Alves partiu para a cobrança de um escanteio para os espanhóis.

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O goleirão Palop foi para a área em um último lampejo de esperança de gol. O brasileiro bateu… E Palop, de cabeça, empatou! Os jogadores não acreditaram! A comissão técnica e o banco todo do Sevilla invadiram o gramado para comemorar o tento que levou a partida para a prorrogação. Aquilo era sorte de campeão… Na prorrogação, o uruguaio Chevantón marcou o gol da virada e da classificação. Era a dose de emoção que o Sevilla precisava para apostar alto no bicampeonato.

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Nas quartas, duelo contra os ingleses do Tottenham Hotspur. Em Sevilha, vitória dos comandados de Juande Ramos por 2 a 1, gols de Kanouté e Kerzhakov. Na volta, na Inglaterra, o Sevilla abriu 2 a 0 com gols de Malbranque (contra) e o matador Kanouté em menos de 10 minutos. Mas o Tottenham deu susto ao empatar na segunda etapa em 2 a 2, placar que permaneceu até o final. Nas semifinais, duelo doméstico contra o Osasuna. No primeiro jogo, vitória do Osasuna por 1 a 0, gol de Soldado. Na volta, em Sevilha, os brasileiros Luís Fabiano e Renato deram o troco e a vitória por 2 a 0, que colocou o Sevilla pelo segundo ano seguido na final da Copa da UEFA.

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Histórico Palop

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A Copa da UEFA de 2006-2007 foi decidida em Glasgow, na Escócia, entre duas equipes espanholas: Espanyol e Sevilla. O time catalão estava invicto na competição e embalado em busca de um título inédito. Já o Sevilla apostava na experiência do elenco campeão do ano anterior e na força de seu meio campo e ataque. A partida foi disputada e terminou empatada em 1 a 1, com o gol do Sevilla marcado por Adriano. Na prorrogação, Kanouté fez 2 a 1 Sevilla, mas o brasileiro Jônatas deixou tudo igual aos 10´do segundo tempo extra. Com o 2 a 2 no placar, a decisão foi para os pênaltis.

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Nela, o goleiro do Sevilla, Palop, que já havia salvado o time contra o Shakhtar, fez história novamente ao defender três pênaltis e garantir o resultado de 3 a 1 para o Sevilla, bicampeão da Copa da UEFA! O time conquistava mais uma taça europeia e se consagrava de vez como um dos melhores times do continente. De quebra, igualava o recorde do Real Madrid de 1985/1986 ao vencer duas Copas da UEFA de maneira consecutiva. Juande Ramos e seu time estavam no auge: nem Real Madrid, nem Barcelona. O time da moda da Espanha, em 2007, era o Sevilla!

 

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Adriano com a taça da Copa da UEFA de 2007.

 

Um último show

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Depois de vencer a Copa da UEFA e a Copa do Rei, o Sevilla conquistou o último título daquela geração: a Supercopa da Espanha. Na decisão, o time encarou o Real Madrid de Casillas, Sergio Ramos, Pepe, Cannavaro, Gago, Robinho, Raúl, Robben e Cia. No primeiro jogo, em Sevilha, vitória dos vermelhos por 1 a 0, gol de Luís Fabiano. Na volta, em pleno Santiago Bernabéu, um espetáculo que fechou com chave de ouro o melhor Sevilla de todos os tempos: 5 a 3 para o time de Juande Ramos, que marcou com Kanouté (3) e Renato (2). Nunca o torcedor do Sevilla esteve tão feliz…

 

O fim das alegrias

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Depois de tantos títulos, o Sevilla não conseguiu manter os seus astros e foi dilacerado, literalmente, com a saída de jogadores como Daniel Alves, Adriano, Martí, Maresca e o técnico Juande Ramos. O time perdeu a Supercopa da UEFA de 2007 para o Milan e viu o momento de ouro terminar. A equipe ainda sofreria um baque dramático ao perder o talentoso Puerta, vítima de um ataque cardíaco em pleno jogo contra o Getafe, pelo Campeonato Espanhol 2007-2008. A perda de um jogador tão importante para o time nas cinco conquistas de 2006 e 2007 causou uma comoção muito grande em toda a cidade e no mundo inteiro.

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O Sevilla só voltou aos seus tempos de glória em 2014, quando iniciou uma dinastia impressionante na Liga Europa e emendou três títulos consecutivos da competição até 2016, transformando o clube no maior vencedor da história do torneio. Mas tal alcunha só foi possível graças aos títulos iniciados pelo timaço bicampeão da Copa da UEFA, de espírito copeiro que o transformou em um esquadrão imortal.

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Os personagens:

Palop: é um ícone e muito adorado no Sevilla, clube em que chegou em 2005 e permanece até hoje, como capitão. Ágil, seguro e muito identificado com o clube, Palop foi peça fundamental na conquista do bicampeonato da Copa da UEFA, em 2007, quando marcou um gol épico nas oitavas de final e pegou três pênaltis na final.

Daniel Alves: depois de despontar no Bahia, Daniel Alves foi para Sevilha começar a escrever história. Exímio apoiador, preciso nos lançamentos e cruzamento e dono de um fôlego privilegiado, o brasileiro foi soberano na lateral esquerda do time campeão de cinco taças em 2006 e 2007. Jogou tanto que o Barcelona o seduziu, deixando o Sevilla “manco”.

Javi Navarro: o zagueiro Navarro começou no Valencia, passou pelo Lógrones e Elche antes de fazer história no Sevilla, como capitão do time bicampeão da Copa da UEFA. Muito inteligente e seguro na zaga, garantiu a eficiência do setor no período mais glorioso da história do clube. Se aposentou em 2009, no mesmo Sevilla.

Escudé: o francês chegou ao Sevilla em 2006 para não sair mais. Forte na marcação, Escudé participou das conquistas europeias e nacionais do período. Tem mais de 200 partidas pelo clube espanhol.

Dragutinovic: foi uma das grandes contratações do Sevilla em 2005 e fundamental nos canecos do período. O sérvio jogou muito e foi sinônimo de segurança na zaga e nas laterais. Jogou 49 partidas pela seleção da Sérvia.

David Castedo: o pequenino Castedo foi peça importante no sistema defensivo do Sevilla campeão da Copa da UEFA de 2006. No ano seguinte, perdeu espaço com a ascensão de Dragutinovic e jogou menos, partindo para o Levante, onde encerrou a carreira, em 2008.

Martí: muito inteligente e perfeito no esquema tático de Juande Ramos, Martí foi um dos cérebros do meio de campo do Sevilla bicampeão da Copa da UEFA. Jogou de 2003 até 2008 no time espanhol e foi ídolo da torcida. Atualmente, joga no Mallorca.

Maresca: chegou ao clube em 2005, ano em que tudo começou a brilhar no Sevilla. Muito habilidoso, fez uma dupla memorável com Martí no meio de campo do time. Deixou a equipe em 2009, para jogar no Olympiacos, da Grécia.

Adriano: polivalente e capaz de jogar tanto na esquerda quanto na direita, Adriano foi um curinga muito utilizado e decisivo no Sevilla supercampeão de 2006 e 2007. Outro que chegou ao clube em 2005, Adriano marcou muitos gols e deu habilidade e mobilidade ao esquema de Juande Ramos. Deixou o time em 2010 para jogar no Barcelona.

Puerta: o defensor e volante Antonio Puerta nasceu e morreu no Sevilla. Símbolo da geração de ouro do clube, ele fez parte de páginas alegres e uma página triste da história do clube, quando faleceu, em 2007, aos 22 anos, vítima de uma parada cardíaca. Em campo, foi uma das peças essenciais dos títulos do clube. Ídolo.

Jesús Navas: figurinha fácil nas convocações da seleção da Espanha tendo, inclusive, participado da Copa do Mundo de 2010, Jesús Navas foi um dos curingas do time nas conquistas da Copa da UEFA e da Copa do Rei. Habilidoso e muito bom na ligação do meio de campo do ataque, Navas é um dos remanescentes do período de ouro do Sevilla até hoje.

Renato: depois de conduzir o meio do campo do Santos, Renato partiu para ser um dos grandes nomes do Sevilla, a partir de 2004. Técnico, com ótima visão de jogo e cheio de vigor físico, o brasileiro colecionou títulos no clube espanhol de 2006 até 2011, quando voltou ao Brasil para jogar no Botafogo.

Luís Fabiano: o “Fabuloso” fez jus ao nome no período em que jogou no Sevilla, de 2005 até 2011. Matador, com faro de gol e oportunista, fez a festa da torcida por muito tempo e foi ídolo, mesmo com os habituais cartões amarelos e expulsões. Vencedor de cinco títulos com o Sevilla, voltou ao Brasil em 2011, para jogar no São Paulo. Marcou mais de 118 gols pelo time espanhol.

Kanouté: o atacante de Mali fez história no Sevilla ao participar de uma memorável dupla de ataque com Luís Fabiano. Muito oportunista e goleador, Kanouté cansou de fazer gols em momentos decisivos, muitos deles golaços. Jogou no time espanhol de 2005 até 2012, até ir para a China. Marcou mais de 140 gols pelo Sevilla e é um dos maiores artilheiros da história do clube.

Saviola: jogou apenas uma temporada no Sevilla, para substituir Júlio Baptista, mas o bastante para levantar o almejado troféu da Copa da UEFA de 2005-2006. Fez uma ótima dupla de ataque com Luís Fabiano antes da titularidade de Kanouté. Em 42 jogos, marcou 14 gols fundamentais para o sucesso do time no ano.

Juande Ramos (Técnico): escreveu para sempre seu nome na história do Sevilla ao levar um time mediano do futebol espanhol ao topo do continente. Vencedor de 5 títulos, Ramos é o treinador mais notável do clube e admirado pelo seu brilhante trabalho no time de Sevilha.

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Comentários encerrados

4 Comentários

  1. A Espanha não vive só de Barça e Real, esse Sevilla é um grande exemplo disso, e outro é o Atletico de Madrid de 2012 até agora. Espero que os colchoneros ganhem uma Champions, eles merecem demais

    • Que atuação do Enzo Maresca numa final de UEFA Euro. Persanalidade em final. Assim como Fabuloso que entrou de titular e resolveu a parada. E mais um time britânico tomando surra da Escola Espanhola. O lindo foi ouvir os comentários de 2006 “na Espanha tem-se a cultura de aplaudir qualquer lance bonito, inclusive do adversário”. Triste ver que o futebol br se tornou redutos de brucutus q tem medo de driblar. Aliás, atuação magistral do jovem Dani Alves (ex-Bahia). Que jogador!

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